30.1.09

A GUERRA CONTRA OS JUDEUS

Robert Kurz - A GUERRA CONTRA OS JUDEUS

Desde sempre o Médio Oriente foi palco não de conflitos limitados entre interesses regionais, mas de um conflito por procuração paradigmático e com forte carga ideológica. Na época da Guerra Fria, o conflito entre Israel e a Palestina era visto como paradigma da oposição entre um imperialismo ocidental liderado pelos EUA e um campo “anti-imperialista”, cuja liderança era disputada pela União Soviética e pela China. A propaganda de ambos os lados ignorava então o duplo carácter do Estado de Israel que, por um lado, é um país moderno vulgar no quadro do mercado mundial, por outro lado, porém, constitui a resposta dos judeus à ideologia de exclusão eliminatória do anti-semitismo europeu e sobretudo alemão. Subsumia-se Israel a uma constelação da política mundial com a qual ele nunca coincidiu.

Um comentário:

profCarlosAlberto disse...

ESTUPIDEZ.



Quando vemos crianças ensanguentadas, pais gritando em desespero, sentimos uma revolta enorme crescendo em nosso peito cristão. Como pode Israel ser tão covarde? Mas, por outro lado, como pode o Hamas lançar mísseis a esmo, sem saber onde vão cair, quem vão atingir?
Outro dia, minha esposa disse: “as mães palestinas podem mudar isso, pois as mães educam os filhos...”. Mas, em um país muçulmano, o pai é quem dita as regras, as mulheres têm o direito de permanecerem caladas, envoltas naquele véu... E, ainda por outro lado, se os palestinos não formarem gerações e gerações de combatentes, Israel vai parar de atacar?
Com quem está a razão? Ambos os lados estão certos, ou ambos errados, até que ponto? Ficamos atônitos sem saber a resposta. Afinal essa guerra não é entre nações, mas entre governos, autoridades palestinas, autoridades israelenses, generais e suas belas fardas estreladas, condecoradas que manipulam a opinião pública e usam o povo para defender seus pedestais nojentos. Isso é o ser humano? Dá vontade de vomitar neles.
Mas a história é feita por generais, pelos vitoriosos, pelos mais fortes, desde a pré-história, por isso viva a geografia! Que nada... “Isso serve para fazer a guerra” já dizia Lacoste.
Em meio aos escombros, porém, aparecem gestos como o de uma palestina convidando um israelense para um café, e ele dizendo que nem todos os israelenses concordam com o que está acontecendo aos palestinos. Isso é bonito, isso é o povo, isso é o que no fundo sentimos, somos irmãos, não há diferenças entre uma mesquita e um templo judeu, o que move a guerra não é isso, embora isso seja usado, mas a febre gananciosa das elites.
Em uma guerra, não há certos nem errados, ninguém está com a razão. A guerra é a coisa mais estúpida, mais primitiva, mais hedionda que o ser humano pode fazer, pois nela não há razão...