Robert Kurz - A GUERRA CONTRA OS JUDEUS
Desde sempre o Médio Oriente foi palco não de conflitos limitados entre interesses regionais, mas de um conflito por procuração paradigmático e com forte carga ideológica. Na época da Guerra Fria, o conflito entre Israel e a Palestina era visto como paradigma da oposição entre um imperialismo ocidental liderado pelos EUA e um campo “anti-imperialista”, cuja liderança era disputada pela União Soviética e pela China. A propaganda de ambos os lados ignorava então o duplo carácter do Estado de Israel que, por um lado, é um país moderno vulgar no quadro do mercado mundial, por outro lado, porém, constitui a resposta dos judeus à ideologia de exclusão eliminatória do anti-semitismo europeu e sobretudo alemão. Subsumia-se Israel a uma constelação da política mundial com a qual ele nunca coincidiu.
Um comentário:
ESTUPIDEZ.
Quando vemos crianças ensanguentadas, pais gritando em desespero, sentimos uma revolta enorme crescendo em nosso peito cristão. Como pode Israel ser tão covarde? Mas, por outro lado, como pode o Hamas lançar mísseis a esmo, sem saber onde vão cair, quem vão atingir?
Outro dia, minha esposa disse: “as mães palestinas podem mudar isso, pois as mães educam os filhos...”. Mas, em um país muçulmano, o pai é quem dita as regras, as mulheres têm o direito de permanecerem caladas, envoltas naquele véu... E, ainda por outro lado, se os palestinos não formarem gerações e gerações de combatentes, Israel vai parar de atacar?
Com quem está a razão? Ambos os lados estão certos, ou ambos errados, até que ponto? Ficamos atônitos sem saber a resposta. Afinal essa guerra não é entre nações, mas entre governos, autoridades palestinas, autoridades israelenses, generais e suas belas fardas estreladas, condecoradas que manipulam a opinião pública e usam o povo para defender seus pedestais nojentos. Isso é o ser humano? Dá vontade de vomitar neles.
Mas a história é feita por generais, pelos vitoriosos, pelos mais fortes, desde a pré-história, por isso viva a geografia! Que nada... “Isso serve para fazer a guerra” já dizia Lacoste.
Em meio aos escombros, porém, aparecem gestos como o de uma palestina convidando um israelense para um café, e ele dizendo que nem todos os israelenses concordam com o que está acontecendo aos palestinos. Isso é bonito, isso é o povo, isso é o que no fundo sentimos, somos irmãos, não há diferenças entre uma mesquita e um templo judeu, o que move a guerra não é isso, embora isso seja usado, mas a febre gananciosa das elites.
Em uma guerra, não há certos nem errados, ninguém está com a razão. A guerra é a coisa mais estúpida, mais primitiva, mais hedionda que o ser humano pode fazer, pois nela não há razão...
Postar um comentário